A empresária Joana Martins, que administra uma indústria sustentável em Belém, tem uma tradição familiar de promover e mostrar a culinária do Pará para o Brasil e o mundo. Sua empresa emprega 27 pessoas e vende 24 produtos, sendo que 50% deles são feitos de mandioca. Joana está envolvida na indústria desde a infância, e seu restaurante sempre valorizou muito o tucupi, um ingrediente-chave na culinária da região. Através de suas experiências empreendedoras, Joana trouxe o tucupi para o mercado nacional e desenvolveu tecnologia para garantir sua segurança e durabilidade.
Desde então, Joana especializou-se em mandioca e seus diversos subprodutos, particularmente aqueles exclusivos dos processos tradicionais amazônicos que são pouco conhecidos fora da região. Ela agora ministra cursos e palestras sobre o tema. A mandioca é usada em mais de 20 produtos alimentares diferentes e também é um ingrediente em muitos produtos industriais, como amido modificado e maltodextrina. Apesar de sua importância econômica e cultural, poucas pessoas no Pará têm consciência dessa diversidade.
Recentemente, o negócio sustentável de Joana fez parceria com a Associação de Produtores Orgânicos de Boa Vista, no município de Acará, demonstrando a importância da sustentabilidade na produção de alimentos baseados na biodiversidade amazônica. A associação emprega 52 pessoas, incluindo Maria do Rosário, de 71 anos, que tem uma vida inteira de experiência trabalhando em campos de mandioca. Ela aprendeu a respeitar a natureza enquanto sustentava sua família, um conceito que forma a base do modelo de bioeconomia.
O governo do Pará apoia negócios sustentáveis que valorizam a bioeconomia regional, promovendo a cultura, gerando emprego e renda para os povos tradicionais e estabelecendo políticas públicas que preservem a floresta viva. A Política de Mudanças Climáticas do estado e o Plano Estadual Amazônia Agora, que aborda as emissões de gases de efeito estufa por meio da redução do desmatamento, bem como o Plano de Bioeconomia, que já tem 92 iniciativas em andamento, visam criar uma nova matriz econômica baseada na natureza. Joana e outros negócios como o dela, que buscam equilibrar o lucro financeiro com o impacto social e ambiental, dependem do apoio do governo para ter sucesso.
(Fonte: Agencia Pará)