O prazo para inscrições nos quatro editais do Distrito de Inovação e Bioeconomia de Belém (DIBB), que destinam R$ 2 milhões para projetos inovadores e sustentáveis na Amazônia, foi prorrogado até o dia 29 de julho de 2025. A iniciativa busca colocar Belém no mapa global como polo de inovação em bioeconomia e soluções urbanas, especialmente em um momento em que a cidade se prepara para sediar a COP 30.
Além do suporte financeiro, os projetos selecionados terão acesso a capacitações, mentorias especializadas e uma rede de suporte que visa fortalecer empreendimentos que combinem tecnologia, sustentabilidade e conhecimentos tradicionais das comunidades amazônicas.
Quem Pode Participar
Os editais estão abertos a pessoas físicas, empreendedores, profissionais ou empresas que já atuem ou desejem desenvolver negócios na Região Metropolitana de Belém, englobando os municípios de:
– Belém |
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- Ananindeua
- Marituba
- Benevides
- Santa Bárbara do Pará
- Santa Izabel do Pará
- Castanhal
- Barcarena
As inscrições devem ser feitas até as 23h59 do dia 29 de julho, exclusivamente pelo site oficial do DIBB, que centraliza todas as informações e etapas do processo seletivo.
A Nova Economia da Amazônia
A bioeconomia é apresentada como um dos pilares para fortalecer a economia e combater problemas como desmatamento e mudanças climáticas, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento sustentável da região. De acordo com o DIBB, as 13 principais cadeias produtivas ligadas à bioeconomia no Pará movimentam atualmente R$ 9 bilhões. Com novos investimentos, no entanto, o setor pode adicionar R$ 816 milhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e gerar cerca de 6.500 empregos diretos.
Antônio Abelém, coordenador de inovação do DIBB, reforça o potencial transformador da bioeconomia. “Com suas riquezas naturais, saberes tradicionais e cadeias produtivas integradas à floresta, a Amazônia tem as condições ideais para liderar uma transição para uma economia verde e sustentável. Áreas como biotecnologia, alimentos nativos, cosméticos naturais, energia limpa, saneamento e turismo sustentável são exemplos de vetores que unem geração de renda, fortalecimento comunitário e proteção ambiental”, afirma.
A Bioeconomia Contra a Crise Climática
Além do impacto econômico, a bioeconomia é considerada uma solução concreta para enfrentar a crise climática global. Estudos projetam que a preservação de até 81 milhões de hectares de floresta e o aumento de 19% nos estoques de carbono podem ser alcançados com o uso sustentável dos recursos naturais. Isso também ajudaria a reduzir significativamente as emissões provenientes de atividades agropecuárias.
Com um modelo que valoriza a floresta em pé como ativo produtivo, social e ambiental, a bioeconomia surge como um dos principais caminhos para evitar o desmatamento e acelerar a transição para uma economia de base tecnológica e florestal.
A COP 30 e a Urgência da Bioeconomia
Belém, que será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), busca consolidar a bioeconomia como um eixo estratégico do desenvolvimento regional. A proximidade do evento global torna ainda mais urgente a capacitação de empreendedores e o desenvolvimento de projetos que promovam a sustentabilidade ambiental ao mesmo tempo que geram oportunidades econômicas.
Como Inscrever Seu Projeto
Interessados devem acessar o site do Distrito de Inovação e Bioeconomia de Belém e preencher o formulário de inscrição até o final do prazo. O DIBB reforça que essa é uma oportunidade relevante para quem deseja investir em soluções inovadoras, práticas e sustentáveis para o futuro da Amazônia.
Com o foco em integrar ciência, tecnologia e empreendedorismo, a iniciativa reforça a visão de que o desenvolvimento sustentável da região amazônica é não apenas viável, mas essencial na construção de um futuro mais equilibrado entre preservação ambiental e progresso social.
Fonte: Jornal Folha do Progresso