Um colóquio oficial entre o Brasil e Angola foi realizado na segunda-feira (6) na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com o tema “Mayombe e Amazônia: Memórias entrelaçadas e Justiça Socioambiental em Foco”. O evento foi coordenado pelo deputado Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alepa, e mediado pela professora Doutora Juliana Canga, da Universidade de Luanda.
O foco principal do colóquio foi promover o intercâmbio entre os países e discutir questões socioambientais em preparação para a COP-30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém. Durante o evento, foram abordados temas como a necessária reparação histórica do passado de exploração entre Brasil e África e a busca pela sustentabilidade das florestas tropicais úmidas.

Os próximos passos incluem a organização de uma missão em Angola em novembro deste ano e um debate em maio de 2025, reunindo representantes dos países africanos de língua portuguesa e os da região amazônica do Brasil. O objetivo é discutir o papel dessas regiões na COP30 e o tipo de desenvolvimento desejado, inserindo-se no debate global sobre o clima.
Além disso, o secretário estadual de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH), Jarbas Vasconcelos, anunciou que o projeto de construção de um Memorial da Escravatura no Pará está concluído e será inaugurado até o dia 25 de maio, em comemoração ao Dia da África.

O colóquio contou com a participação de autoridades e acadêmicos, incluindo a Promotora de Justiça Lilian Furtado Braga, da Presidenta da Associação de Remanescentes Quilombolas do Rio Capim (ARQUIRC), Anginery Vieira, e da professora Zélia Amador, da Universidade Federal do Pará. Homenagens foram concedidas ao Magnífico Reitor Professor Doutor Alfredo Gabriel Buza, à Professora Doutora Juliana Canga e à professora Doutora Flávia Lemos, em reconhecimento às suas contribuições acadêmicas e comunitárias.
(Fonte: ALEPA)