Negociações entre EUA e China Impulsionam Milho em Chicago, Enquanto B3 Abre em Baixa

Negociações entre EUA e China Impulsionam Milho em Chicago, Enquanto B3 Abre em Baixa

11 de junho de 2025 — O mercado do milho internacional amanheceu otimista nesta quarta-feira, refletindo avanços importantes nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros da commodity registraram alta logo nas primeiras horas de pregão, enquanto, no cenário doméstico, a Bolsa Brasileira (B3) iniciou o dia com cotações em queda.


Milho em Queda na B3
No Brasil, o início do pregão foi marcado por ligeiras desvalorizações nas principais posições futuras do milho. Por volta das 10h07 (horário de Brasília), os preços variavam entre R$ 64,02 e R$ 72,18. O contrato com vencimento para julho/25 estava cotado a R$ 64,02, queda de 0,44%. O setembro/25 registrava baixa de 0,58%, sendo negociado a R$ 65,01. O novembro/25 apresentava retração de 0,37%, cotado a R$ 68,11, enquanto o contrato com vencimento mais distante estava em R$ 71,70, com recuo de 0,42%.


Otimismo em Chicago

Na Contramão da B3, a Bolsa de Chicago abriu em campo positivo. Às 09h44 (horário de Brasília), julho/25 era negociado a US$ 4,44 por bushel, valorização de 5,50 pontos. O setembro/25 subia 3,50 pontos, cotado a US$ 4,29. O dezembro/25 registrava também alta de 3,50 pontos, atingindo US$ 4,43, e o março/25 era cotado a US$ 4,58, com elevação de 3 pontos.


O movimento de alta está diretamente ligado ao progresso nas conversas entre Estados Unidos e China. De acordo com informações da imprensa internacional, após rodadas de negociação, os Estados Unidos anunciaram a retirada de restrições às remessas chinesas de minerais de terras raras, além do alívio sobre outras limitações às exportações. A iniciativa, confirmada pelo secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, busca enfraquecer tensões comerciais persistentes entre as duas maiores economias do planeta.
Analistas do setor, como Tony Dreibus do portal Successful Farming, destacam que a nova estrutura do acordo será analisada por ambos os países até 10 de agosto, período no qual detalhes mais abrangentes serão definidos. A expectativa é de que o entendimento entre as potências gere impacto positivo sobre o escoamento de grãos e reduza incertezas para exportadores americanos.


Retrospectiva
Na véspera, o mercado brasileiro do milho já demonstrava volatilidade, com as exportações servindo de sustentação para os preços. Em Chicago, a terça-feira havia fechado com leves altas após um giro positivo no fim do pregão.


Resumo
O andamento das negociações entre Estados Unidos e China reacende o otimismo para o mercado internacional do milho, trazendo sustentação aos preços em Chicago. Entretanto, o cenário interno segue pressionado, com as cotações futuras operando em queda na Bolsa Brasileira nesta quarta-feira. O ambiente global, marcado por acordos comerciais e pelo ritmo das exportações, deve continuar ditando o tom para os próximos movimentos da commodity.

Fonte: Notícias Agrícolas.