Operação de desintrusão avança na Terra Indígena Kayapó com ações coordenadas pelo Ibama

Operação de desintrusão avança na Terra Indígena Kayapó com ações coordenadas pelo Ibama

Após 75 dias de intensa atuação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apresentou um balanço da Operação de Desintrusão na Terra Indígena Kayapó, no Pará. Considerada uma das maiores iniciativas conjuntas de fiscalização ambiental do país, a operação tem como foco combater o garimpo ilegal e proteger a floresta e as comunidades indígenas que dependem dela.

Coordenada pela Casa Civil e com o envolvimento de diversos órgãos federais, incluindo Funai, Polícia Federal, Força Nacional, Exército, Ministério dos Povos Indígenas, Abin e Censipam, a operação reafirma o compromisso do governo em enfrentar atividades criminosas na Amazônia.

Balanço expressivo contra o garimpo ilegal

Durante os 75 dias de ações, o Ibama inutilizou 117 acampamentos ilegais, 358 motores de garimpo, 25 escavadeiras hidráulicas e 8 dragas. Além disso, mais de 21 mil litros de óleo diesel utilizados na prática ilegal foram apreendidos e destruídos. Também foram eliminados equipamentos e estruturas de apoio logístico, visando impedir a retomada das atividades criminosas.

Com mais de 600 ações de campo realizadas até o momento, a operação tem combatido diretamente os impactos devastadores do garimpo na Terra Indígena Kayapó. A contaminação de rios por mercúrio, a destruição do solo e as ameaças à segurança alimentar das comunidades indígenas estão entre os principais danos gerados pela mineração ilegal.

Proteção aos povos indígenas e ao meio ambiente

O objetivo central da Operação de Desintrusão é garantir a proteção do território amazônico e a segurança dos povos indígenas, que sofrem os graves impactos socioambientais do garimpo. A destruição de ecossistemas compromete não apenas a biodiversidade da região, mas também as condições de vida das comunidades que dependem diretamente dos recursos naturais.

“Esta operação é indispensável para a preservação da Amazônia e de seus povos. O garimpo ilegal é uma atividade que destrói a natureza, contamina os rios e ameaça a vida das comunidades locais, além de financiar redes criminosas. Precisamos continuar firmes, com ações integradas entre os órgãos, para barrar essas práticas”, destacou uma fonte do Ibama sobre as ações em andamento.

Esforço conjunto para a proteção da Amazônia

A operação reúne mais de dez órgãos e instituições, evidenciando o esforço coordenado do governo federal para enfrentar os desafios da fiscalização ambiental em áreas remotas. Além de conter as atividades criminosas, as equipes também promovem ações de monitoramento e proteção contínua, com uso de tecnologia avançada e apoio logístico robusto.

A Funai e o Ministério dos Povos Indígenas desempenham um papel crucial na articulação com as comunidades indígenas, garantindo que estas sejam protegidas e tenham participação ativa na defesa de seus territórios. Outras instituições, como a Polícia Federal e o Exército, asseguram a segurança das equipes de campo e promovem a repressão ao crime organizado por trás do garimpo ilegal.

Compromisso com a Amazônia

A Operação de Desintrusão na Terra Indígena Kayapó reflete a urgência de ações concretas para a preservação da floresta e a proteção das comunidades indígenas, ameaçadas pela intensificação de crimes ambientais. A continuidade das ações é vista como essencial para garantir a segurança do território e a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para a região amazônica.

Além de proteger o bioma e combater ilegalidades, as ações integradas mostram que o fortalecimento das instituições ambientais e a cooperação entre diferentes esferas governamentais são caminhos fundamentais para enfrentar os desafios da Amazônia.

Fonte: A Notícia Portal