O Estado do Pará se posiciona como referência na implementação de políticas ambientais e climáticas no Brasil. A declaração foi feita pelo governador Helder Barbalho nesta terça-feira (1º de julho), durante a 12ª edição do Congresso Internacional de Desenvolvimento Sustentável, realizado em Belém. Sediando a COP30 em novembro, o estado tem trabalhado para consolidar seu protagonismo na Amazônia, impulsionando iniciativas voltadas à sustentabilidade, bioeconomia e combate às mudanças climáticas.
No evento, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o governador destacou a importância de articular o poder público e a iniciativa privada para impulsionar a transição para uma economia sustentável. “É essencial criar um ambiente que ofereça segurança jurídica e oportunidades que valorizem os ativos florestais e a biodiversidade da Amazônia. Nosso objetivo é transformar isso em bioeconomia, estimulando um novo modelo econômico”, afirmou.
Políticas públicas como alicerces da sustentabilidade
Helder Barbalho apresentou avanços implementados pelo governo estadual, com destaque para a estratégia de restauração florestal, que já realizou a primeira concessão pública desse tipo e prevê mais duas até o final de 2025. Além disso, o governador anunciou a implantação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, projetado para incentivar startups que desenvolvam soluções inovadoras para o uso sustentável da biodiversidade amazônica.
O governador também mencionou a primeira grande comercialização de créditos de carbono pelo estado. Em diálogo com comunidades tradicionais, o Pará vem desenvolvendo estratégias de repartição de recursos oriundos dessa compensação ambiental, garantindo que os benefícios econômicos alcancem povos diretamente ligados à preservação da floresta.
Pará como modelo para outros estados
Durante sua fala, Helder Barbalho destacou que o Pará busca servir de exemplo para outras regiões do Brasil, contribuindo com uma agenda ambiental nacional que tenha a Amazônia como referência. “Queremos ser um farol para o país. Nosso Estado já construiu bases sólidas para liderar uma política sustentável que pode ser replicada em outros lugares”.
Um dos marcos desse compromisso foi a aprovação da inédita Lei de Responsabilidade Ambiental, que destina percentuais das receitas provenientes de royalties minerais, taxas minerárias e hídricas para ações voltadas à sustentabilidade. Para o orçamento de 2025, o estado do Pará já destinou R$ 1 bilhão exclusivamente para iniciativas climáticas e ambientais, um salto significativo se comparado aos R$ 100 milhões disponibilizados no ano anterior.
Expectativa para a COP30
A COP30, que será realizada em Belém, promete ser um marco na história do debate climático global. Ana Toni, CEO da conferência, destacou durante o congresso que a cidade será o centro das discussões sobre o futuro ambiental do planeta. “A COP30 será muito mais do que um evento; será um ponto de virada no debate climático global. Belém está se preparando para entrar na história como o lugar onde se acelerará a transição para um modelo sustentável”, afirmou.
Ana Toni também refletiu sobre como grandes conferências como a COP ajudam a transformar a realidade global. Segundo ela, discussões iniciadas no Rio de Janeiro, em 1992, e reforçadas pelo Acordo de Paris, há dez anos, deram o pontapé para revoluções na área de energia renovável, transporte elétrico e agricultura sustentável. “Agora, a missão da COP30 será dar escala e velocidade a essas mudanças, consolidando a implementação de soluções práticas em todos os setores”, enfatizou.
Um legado para o Pará e para o mundo
Além do impacto para a Amazônia, o governador Helder Barbalho acredita que a realização da COP30 em Belém deixará um legado que vai além das pautas climáticas. “Belém não será apenas a cidade-sede de uma conferência. Estamos falando de um legado histórico para o estado e para o Brasil: a liderança ambiental sustentável na Amazônia e um exemplo de governança climática que será referência internacional”.
O trabalho do Pará na preparação para a COP e em sua política ambiental reforça o compromisso com a transição para uma economia de baixa emissão de carbono e a preservação dos vastos recursos da floresta amazônica, garantindo que o estado esteja à frente das iniciativas globais de sustentabilidade.
Com eventos como o Congresso Internacional de Desenvolvimento Sustentável e a futura COP30, o Pará se consolida como um agente estratégico para a discussão de soluções ambientais, mostrando ao mundo que investir na Amazônia também é investir no futuro do planeta.
Fonte: Agência Pará
