Belém, 11 de junho de 2025 — O Pará vive nesta quarta-feira um importante capítulo no enfrentamento das mudanças climáticas, com o segundo e último dia do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climáticas (FPMAC). O evento reúne especialistas, gestores públicos e representantes de comunidades tradicionais no Centro de Treinamento e Formação Ambiental da Semas, em Belém, com uma programação voltada para os principais desafios ambientais e climáticos do estado.
O grande destaque do dia é a apresentação do Programa Pará Sem Fogo, uma estratégia inovadora do governo estadual para a prevenção e combate aos incêndios florestais. Anunciado pelo secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, o programa promete integrar ações de monitoramento, educação ambiental e atuação conjunta entre diferentes órgãos, buscando reduzir as queimadas e proteger a biodiversidade amazônica.
“A atuação preventiva é fundamental para proteger nossas florestas e garantir o bem-estar das populações que dependem delas”, ressalta Raul Romão, porta-voz do fórum e principal liderança ambiental do Pará.
Pauta Diversificada Marca o Segundo Dia
A programação começou com um café de boas-vindas, seguido por debates sobre a destinação de terras públicas para povos indígenas, quilombolas e comunidades extrativistas, com participação do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS). As discussões prosseguiram com o painel sobre regularização fundiária e mercado de carbono, liderado por Bruno Kono, presidente do Iterpa, que destacou a importância do ordenamento territorial para a sustentabilidade e para novas oportunidades econômicas, como o mercado de créditos de carbono.
Ainda no período da manhã, a promotora Dra. Herena Melo (MPPA) trouxe a perspectiva da justiça climática a partir da regularização fundiária, ressaltando o impacto social das políticas ambientais.
No turno da tarde, o tema das mudanças climáticas e seus efeitos sobre as comunidades quilombolas foi apresentado por Valdinei Gomes, da Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos, trazendo à tona os desafios específicos desses territórios diante da crise ambiental. Claudio Henrique, gerente da Semas, abordou o zoneamento costeiro como instrumento de adaptação climática, apontando caminhos para a gestão pública frente à elevação do nível do mar e outros impactos regionais.
O coordenador Antônio Sousa, do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico (NMH), apresentou as tendências do clima e da qualidade do ar para o próximo trimestre, destacando a importância da ciência no planejamento das políticas públicas.
Inovação e Monitoramento Encerram o Evento
O encerramento fica por conta de Camille Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Semas, que apresenta as novidades da Plataforma de Monitoramento do Planbio e os avanços do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, iniciativas que reafirmam o compromisso do Pará com a sustentabilidade e a geração de renda baseada na biodiversidade local.
O Fórum integra a mobilização do Junho Verde e fortalece a posição do Pará como referência no debate climático, especialmente na reta final da preparação para a COP 30, que será realizada em Belém.
Serviço:
Data: 11 de junho de 2025 – Das 8h às 17h
Local: Centro de Treinamento e Formação Ambiental da Semas, Trav. Lomas Valentinas, nº 2100 – Bairro Marçó, entre Rômulo Maiorana e Almirante Barroso
Contato para imprensa: Daniel Santos (Ascom Semas) – (91) 98627-3918
Resumo:
Nesta quarta-feira, o Pará se consolida como protagonista nas políticas públicas ambientais, reunindo diferentes setores em torno de soluções efetivas para os desafios climáticos e para a promoção da justiça social e ambiental.
Fonte: Agência Pará.