O Pará continua a se destacar no cenário econômico nacional ao consolidar sua liderança na geração de empregos formais. Dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) mostram que, entre janeiro e abril de 2025, foram registradas 169.437 admissões com carteira assinada no estado. Esse número representa um crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2024, reforçando o avanço do mercado de trabalho paraense.
Com uma média de 42 mil contratos formais por mês, a expectativa é que o estado feche o ano com cerca de 500 mil admissões, superando as 445 mil alcançadas ao longo de 2024. “Estamos trabalhando intensamente para ampliar as oportunidades de emprego em todo o Pará. Firmar parcerias com empresas e atrair novos investimentos são ações fundamentais para garantir emprego e renda à população”, afirmou Inocencio Gasparim, titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
Região Metropolitana de Belém é destaque no saldo de empregos
A Região Metropolitana de Belém (RMB), que abrange oito municípios, também reflete o cenário positivo. Entre janeiro e abril deste ano, foram contabilizadas 76.140 admissões contra 69.951 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 6.189 vagas formais, o que corresponde a 42,5% do saldo total do estado no período.
Os números da capital, Belém, foram expressivos, com a geração de 4.536 novos postos de trabalho, representando quase 73% do saldo total da RMB. Marituba (713 vagas) e Ananindeua (448 vagas) aparecem logo em seguida.
Setores de serviços, comércio e indústria lideram admissões
Segundo os dados do Dieese, os setores de serviços, comércio e indústria foram os grandes responsáveis pela criação de empregos no Pará. O setor de serviços liderou as admissões no estado, acumulando 65.497 contratações — sendo 54,3% concentradas na RMB (35.624). O comércio gerou 44.730 vagas formais, com 18.831 delas registradas na região metropolitana. Já o setor industrial contribuiu com 21.533 novos empregos no estado, dos quais 7.994 estão localizados na RMB.
No entanto, a dinâmica de geração de empregos varia conforme a vocação econômica de cada região. Em áreas urbanas centrais, como na RMB, predominam vagas nos setores de serviços e comércio. Já em regiões interioranas, a indústria se sobressai, impulsionada pela transformação de produtos primários, como açaí, cacau e borracha. Além disso, a mineração exerce forte influência no sudeste e centro-oeste do estado, com impactos econômicos que chegam até a RMB devido à infraestrutura logística e serviços localizados ali.
Expectativa de crescimento no segundo semestre
As projeções para o segundo semestre de 2025 também são otimistas. Eventos importantes, como o Círio de Nazaré — a maior manifestação religiosa do Estado —, as festividades de fim de ano e os pagamentos de 13º salário, devem impulsionar ainda mais o mercado de trabalho. Além disso, investimentos em infraestrutura e projetos relacionados à 30ª Conferência Global sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, devem estimular a economia e gerar novas vagas de emprego.
“Estamos observando uma ampliação consistente na geração de postos de trabalho formais. A realização da COP30 deve consolidar ainda mais o Pará como um estado estratégico, atraindo investimentos e gerando novas oportunidades, especialmente nos setores de serviços, comércio, construção civil e indústria”, destacou Everson Costa, supervisor técnico do Dieese-PA.
Perspectiva para 2025: superando desafios e garantindo inclusão
O cenário de expansão do mercado de trabalho no Pará reflete o compromisso de políticas públicas voltadas ao crescimento econômico e à inclusão social. Com uma atuação estratégica, o estado busca não apenas gerar emprego, mas assegurar melhores condições para que a população tenha acesso a trabalho digno e sustentável.
À medida que 2025 avança, o Pará se consolida como um exemplo de crescimento regional, integrando setores econômicos, promovendo inovação e favorecendo a criação de empregos que acompanham as necessidades e especificidades das suas diversas regiões. A perspectiva otimista reforça o papel fundamental do estado no fortalecimento da economia nacional.
Fonte: Agência Pará.