O estado do Pará apresentou uma expressiva redução nos índices de crimes violentos durante os primeiros seis meses de 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) nesta terça-feira (1º). O levantamento aponta uma queda consistente nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) em comparação ao mesmo período de 2024, destacando o impacto positivo das estratégias de segurança implementadas no estado.
De acordo com números do Sistema de Segurança Pública (SISP), houve redução nos homicídios em todos os meses deste ano, com destaque para fevereiro, que registrou uma redução de 21% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Março também apresentou números expressivos, com queda de 13%, enquanto janeiro teve -10%, maio -9%, junho -4% e abril manteve-se estável com -1%.
Segurança reforçada e resultados históricos
O desempenho registrado no primeiro semestre de 2025 foi celebrado pelas forças de segurança como o melhor da série histórica desde 2010, conforme apontou o comandante-geral da Polícia Militar do Pará (PMPA), coronel Dilson Júnior. Ele destacou que os resultados representam um avanço significativo na busca pela tranquilidade da população.
“A redução acumulada no semestre é resultado de uma combinação de fatores, como o reforço do policiamento ostensivo, a adoção de tecnologias de monitoramento e a intensificação de operações integradas entre as forças de segurança municipais, estaduais e federais. O empenho do governo do estado em priorizar a segurança pública tem sido determinante nesse processo”, afirmou o coronel.
Entre as ações de maior impacto estão a ampliação das rondas policiais, o aumento do efetivo, a capacitação contínua dos agentes de segurança e o uso de tecnologias avançadas de monitoramento e inteligência.
Reflexos na rotina da população
Moradores de áreas antes consideradas mais vulneráveis relataram uma percepção de maior segurança. No bairro do Guamá, em Belém, um dos mais populosos da capital paraense, o estudante de jornalismo Alexandre Lopes, de 21 anos, compartilhou como o cenário local mudou.
“Antes, dava uma certa hora e a gente já não podia mais ficar na rua. Hoje esse medo diminuiu muito. Tem uma viatura na esquina da minha casa, e vejo rondas constantes no bairro. Claro que ainda há problemas, mas dá para perceber que as coisas estão mudando”, contou Alexandre.
A presença ostensiva da Polícia Militar e o monitoramento regular tornaram-se parte do cotidiano de muitos bairros, reforçando a sensação de segurança e encorajando a população a retomar atividades que antes eram restritas, especialmente no período noturno.
Estratégias de integração e monitoramento
Um dos grandes diferenciais para alcançar essa redução nos índices de criminalidade foi a intensificação das operações integradas. Elas reúnem esforços de forças de segurança em todos os níveis – municipais, estaduais e federais –, promovendo maior efetividade na resposta a crimes e no enfrentamento a práticas ilícitas organizadas.
Outro ponto destacado pela Segup foi a utilização de tecnologias de segurança, como o monitoramento por câmeras, sistemas de inteligência policial e o mapeamento de áreas críticas. Essas ferramentas têm permitido identificar situações de risco com maior agilidade, otimizando a tomada de decisões por parte das autoridades de segurança.
Perspectivas para o futuro
Apesar dos avanços, as autoridades reconhecem que há um longo caminho a percorrer. “Estamos no caminho certo, mas ainda há muito a ser feito. É preciso continuar investindo em inteligência, na aproximação com a comunidade e na valorização dos profissionais de segurança”, pontuou o coronel Dilson Júnior.
Para o restante de 2025, estão previstas novas operações estratégicas e a ampliação de projetos que aproximem as forças de segurança da população, como programas de patrulhamento comunitário e ações de prevenção em escolas e bairros periféricos.
A queda nos índices de criminalidade em 2025 demonstra resultados concretos de uma política de segurança planejada e integrada. Mais do que números, essas mudanças representam um impacto direto na qualidade de vida da população paraense, que começa a sentir, no cotidiano, os reflexos de um estado mais seguro.
Fonte: Agência Pará
