Regularização ambiental avança no Pará e fortalece cadeia formal da pecuária

Regularização ambiental avança no Pará e fortalece cadeia formal da pecuária

Um ano após a retomada do fornecimento formal de gado, pecuaristas do Pará iniciaram a renovação da requalificação ambiental, consolidando uma política que alia produção rural e preservação do meio ambiente. O processo foi viabilizado pelo Sistema de Restauração Florestal (Sirflor), uma ferramenta desenvolvida com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas).

O objetivo do Sirflor é simplificar e acelerar as etapas necessárias para a regularização de propriedades rurais, permitindo que os produtores permaneçam na legalidade enquanto cumprem as exigências ambientais. Essa integração é um avanço para o setor pecuário do estado, que se posiciona como um dos maiores produtores do Brasil.

O processo conta com o suporte dos chamados Escritórios Verdes, núcleos técnicos que prestam orientação e auxílio aos pecuaristas. A iniciativa tem ainda o envolvimento da empresa JBS, que oferece suporte técnico aos produtores em diversas etapas da regularização.

O primeiro renovado

Celso Ferreira, proprietário da Fazenda São Judas Tadeu, em Ourilândia do Norte, foi o primeiro a concluir a renovação da requalificação ambiental. Segundo ele, o processo é essencial para a continuidade de suas atividades pecuárias. “Sem esse processo, a atividade estaria inviabilizada. Agora temos condições de continuar produzindo, com segurança para investir e gerar emprego na região,” disse o produtor.

Além disso, o supervisor regional de Sustentabilidade da JBS, Ewerton Souza de Araújo, destacou que a requalificação traz benefícios concretos para o mercado. “Com o apoio técnico oferecido nos Escritórios Verdes, os procedimentos são acelerados, permitindo que os pecuaristas se mantenham na legalidade e, consequentemente, no mercado formal,” explicou.

Sirflor: regularização de forma ágil

Anteriormente, os trâmites para regularização ambiental, como a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a definição de passivos, costumavam levar entre seis meses e um ano. Agora, com o Sirflor, os produtores podem obter uma declaração provisória em cerca de 20 dias, o que viabiliza a continuidade das atividades comerciais de forma legal enquanto seguem com as demais exigências do processo.

Essa redução no tempo garante segurança tanto para empresas compradoras quanto para pecuaristas, promovendo um ciclo produtivo e sustentável.

Impactos para o produtor e para o estado

De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Raul Protazio Romão, a renovação é um sinal de que as políticas públicas implementadas estão surtindo efeito positivo. “Estamos consolidando um modelo que une preservação ambiental e permanência do produtor rural no mercado, gerando impactos amplos para o desenvolvimento econômico e sustentável do estado,” afirmou o secretário.

Além de beneficiar o setor produtivo, o avanço da regularização também reforça o compromisso do estado com a preservação ambiental, cumprindo compromissos em escala nacional e internacional.

O Pará, como um dos principais estados na produção pecuária, oferece hoje uma estrutura que incentiva a legalidade e a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que promove a competitividade no mercado.

Com iniciativas como o Sirflor e o suporte técnico disponibilizado em todas as etapas, a regularização ambiental tem se tornado uma realidade para um número crescente de pecuaristas. Isso não apenas assegura a permanência nas cadeias formais de fornecimento, mas também contribui para solucionar desafios históricos relacionados à preservação florestal.

Um modelo para o futuro

A renovação da requalificação ambiental pelo Sirflor não apenas representa um marco para a pecuária no Pará, mas também reforça a viabilidade de um modelo produtivo alinhado às diretrizes ambientais. Com o suporte técnico e uma estrutura ágil, o estado pavimenta o caminho para uma produção sustentável, inovadora e adequada aos desafios do século XXI.

Enquanto os produtores comemoram a oportunidade de permanecer na legalidade, especialistas apontam que políticas públicas como essa são essenciais para promover uma convivência sustentável entre o progresso econômico e a conservação ambiental.

Fonte: Fato Regional