Três barragens localizadas no município de Tucumã, no sudeste do Pará, foram classificadas como de alto risco em um levantamento divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Entre as estruturas identificadas está o Barramento 01, situado no Sítio Aparecida e identificado pelo código 3776. A estrutura, utilizada para aquicultura, está sob a gestão da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas).
O relatório também inclui outras duas barragens da região: a Barramento 01 Fazenda Castanheira, destinada à irrigação, e outra estrutura utilizada para aquicultura. Ambas estão localizadas na mesma área e apresentam classificações que colocam a atenção das autoridades em alerta.
Classificação de Risco Elevado
Segundo a ANA, o Dano Potencial Associado (DPA) e a Categoria de Risco (CRI) dessas barragens foram avaliados como altos. Isso significa que eventuais falhas ou rompimentos podem causar danos graves, tanto para as comunidades locais quanto para o meio ambiente. Esses danos incluem alagamentos, impacto na fauna e flora, destruição de propriedades e risco de perda de vidas humanas.
Essa classificação coloca as barragens entre as estruturas que demandam atenção urgente para evitar acidentes, com base nas diretrizes da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). A legislação busca garantir o controle, manutenção e monitoramento das barragens, principalmente aquelas que apresentam riscos elevados.
Necessidade de Fiscalização e Planos de Emergência
O relatório ressaltou a importância de ações preventivas e monitoramento constante para assegurar a segurança das estruturas. Entre as medidas recomendadas estão:
| – Monitoramento contínuo: Uso de equipamentos tecnológicos para avaliar as condições das barragens em tempo real. |
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- Inspeções regulares: Visitas técnicas para identificar possíveis sinais de deterioração ou instabilidades.
- Planos de emergência: Criação de estratégias para minimizar danos no caso de falhas, com foco na segurança das comunidades próximas.
- Manutenção preventiva: Investimentos em adequações estruturais para fortalecer as barragens.
Essas ações são cruciais, sobretudo em regiões como Tucumã, onde o crescimento da aquicultura e o uso intensivo de recursos hídricos aumentam os riscos associados às barragens.
Impactos da Atividade Econômica
A atividade de aquicultura, que emprega grande parte das barragens da região, é uma das principais impulsionadoras do desenvolvimento econômico de Tucumã. No entanto, sua expansão reflete diretamente na pressão sobre os recursos hídricos e na necessidade de infraestrutura segura e bem gerida. Sem o devido controle, as barragens podem se tornar um alto fator de risco para a população e o meio ambiente.
Indicativo de Alerta Nacional
O caso das barragens de Tucumã serve como um importante alerta para o Brasil, onde eventos passados já demonstraram as consequências de falhas em sistemas de barragens. A inclusão dessas estruturas na classificação da ANA reforça a importância de uma atuação coordenada entre o poder público, sociedade civil e órgãos responsáveis pelo monitoramento.
Além disso, o relatório da ANA destaca que a segurança de barragens é um compromisso que vai além das obrigações técnicas. É uma questão de prevenção de tragédias, proteção ambiental e garantia da segurança da população.
Conclusão
A situação das barragens de Tucumã é um reflexo da necessidade de investimentos mais expressivos em fiscalização e manutenção, principalmente em regiões de expansão econômica. O alerta emitido pela ANA deve mobilizar autoridades e responsáveis pela gestão dessas estruturas para evitar que os riscos apontados se transformem em crises.
A segurança das barragens deve ser encarada como prioridade, não apenas em Tucumã, mas em todo o território nacional, reforçando a importância da preservação ambiental, prevenção e proteção às comunidades locais.
Fonte: A Notícia Portal
