Tecnologia de ponta reforça elucidação de crimes em Marabá com atuação da Polícia Científica do Pará

Tecnologia de ponta reforça elucidação de crimes em Marabá com atuação da Polícia Científica do Pará

A Polícia Científica do Pará (PCEPA) tem ampliado sua capacidade de investigação criminal em Marabá, graças ao uso do Sistema Integrado de Comparação Balística (Ibis). Em operação desde julho de 2023 na Coordenadoria Regional do município, o equipamento já contribuiu para mais de 1.000 casos cadastrados e foi essencial para confirmar 50 conexões precisas entre armas de fogo e vestígios balísticos de diferentes cenas de crime, conhecidas como HITs.

O Ibis faz parte da integração nacional promovida pelo Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), ligado à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), permitindo análises automatizadas de projéteis e estojos recolhidos. Uma das conquistas mais notáveis ocorreu em outubro do ano passado, quando Marabá participou de uma das primeiras conexões interestaduais registradas, estabelecendo vínculo entre provas encontradas no Pará e outras no Mato Grosso.

De acordo com Luiz Fernando Lobato, perito responsável pelo sistema em Marabá, esse resultado é fruto da integração entre as centrais Sinab, evidenciando a eficiência do sistema adotado. O Pará, pioneiro na implantação do Sinab na região Norte, já acumula 146 ligações balísticas e 2.524 casos inseridos em seu banco de dados, com Marabá figurando entre as principais cidades do país a operar esse tipo de tecnologia.

O processo investigativo tem início na coleta dos projéteis e estojos nos locais dos crimes, que passam por análise técnica detalhada antes de serem comparados com materiais de outros estados através do Banco Nacional de Perfis Balísticos. O trabalho, como frisa o perito criminal Tarcísio Carvalho, depende da expertise dos profissionais da perícia, já que a seleção e análise do material são etapas fundamentais para garantir a precisão dos laudos.

Esse avanço também mudou a dinâmica da Polícia Científica do Pará, que agora amplia sua atuação além das análises sob solicitação, adotando postura mais pró-ativa no combate ao crime. Celso Mascarenhas, diretor-geral do órgão, ressalta que investir em tecnologia transformou a instituição em um importante instrumento de inteligência pericial, aproximando as forças de segurança de resoluções mais rápidas e eficazes dos casos.

A experiência de Marabá mostra como tecnologia e integração nacional podem elevar o padrão das investigações criminais, tornando o Pará referência em técnicas modernas de elucidação de crimes com armas de fogo.

Fonte: Agência Pará