Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, celebrado em 14 de abril, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta a população sobre a importância da prevenção contra as principais espécies de barbeiros no Pará, que são os insetos transmissores da doença.
A doença de Chagas é transmitida por barbeiros infectados, que ao picar uma pessoa saudável, depositam fezes contaminadas no ferimento, permitindo a entrada do parasita Trypanosoma cruzi na corrente sanguínea. Além disso, a doença também pode ser transmitida por via oral, através de alimentos contaminados pelas fezes do parasita, bem como por transmissão congênita (mãe-bebê), que já foi identificada no Pará.
Os sintomas da doença de Chagas incluem dor de cabeça, febre, cansaço, edema facial e dos membros inferiores, taquicardia, palpitação, dor no peito e falta de ar, que se assemelham a outros problemas de saúde. Por isso, é importante procurar a unidade de saúde mais próxima para obter atendimento médico imediato e realizar os exames necessários.
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento da doença de Chagas, pois quanto mais tempo leva para iniciar o tratamento, maiores são os danos causados pelo parasita, especialmente no coração e no sistema digestivo. Os pacientes com suspeita da doença devem ser notificados e encaminhados imediatamente para exames e tratamento específico, que dura dois meses, além de ser acompanhado por especialistas por cinco anos.
Para conscientizar a população sobre a prevenção e o controle da doença de Chagas, a Sespa tem promovido capacitações para os profissionais de saúde, com treinamento presencial e virtual de mais de 10 mil profissionais de saúde entre 2019 e 2022, além de eventos com a população. A Sespa também tem fornecido apoio aos municípios nas ações de prevenção da doença, incluindo orientação e treinamento para produtores de açaí e batedores da fruta sobre as boas práticas na manipulação de alimentos.
As principais medidas de prevenção e controle da doença de Chagas desenvolvidas pela Sespa incluem monitoramento e supervisão de campo nos municípios mais vulneráveis, ajuste de fluxo para atendimento dos casos suspeitos e confirmados, reuniões técnicas online, interpretação do diagnóstico laboratorial e fluxo de abastecimento da medicação para o tratamento específico, bem como a importância da completude das notificações na investigação dos casos.
Atualmente, o Pará é responsável por cerca de 80% das ocorrências da doença de Chagas no Brasil, com 352 casos confirmados em 2022 e 75 casos registrados até março deste ano. A maioria dos casos (80%) ocorre na zona rural e dentro de casa (60%), e o principal modo de infecção é por via oral (cerca de 80%).
(Fonte: Agência Pará)
